Como o Motociclismo mudou minha vida

        “Quando comecei a andar de moto percebi que era diferente ser motoqueiro e ser motociclista e essas diferenças foram percebidas sem necessidade de uma explicação.

         A moto une pessoas. Ela deixa de ter apenas a finalidade para qual foi criada para adquirir outros significados, serve como meio de transporte e não meia, mas uma paixão completa. Pessoas de diferentes idades, formações e profissões que percebem que a vida tem mais emoção com uma moto do lado. Algo comum que une pessoas tão diferentes, mas que conhecem o mesmo sentimento... Conhecem a paixão por suas motos, viciadas na sensação de pilotar, sentir o vento batendo, que adoram a adrenalina de acelerar e fazer curvas, que gostam de pegar a estrada com grupos ou somente na sua própria companhia, misturando-se junto a paisagem ao fundo. 
          Quando o motociclismo te apresenta alguém, é muito mais que o nome de uma pessoa, o motociclismo te apresenta irmãos, pessoas que não vão te deixar na mão, pois há um código de honra invisível, mas nítido de companheirismo. Se acontece algum acidente envolvendo moto, vários motociclistas param para verem o que aconteceu, para prestar socorro, oferecem auxílio, mesmo já havendo outras pessoas paradas ajudando, isso porque a pessoa sequer conhece o outro, o simples fato do outro também andar de moto é o bastante para tal. Você não vê o mesmo fenômeno acontecendo com as pessoas que andam de carro.

         Para além de rótulos e denominações, o motociclismo te acolhe independente de você participar de motoclubes ou motogrupos e da cilindrada da sua moto.

          A moto muda seu modo de ver a vida. O motociclismo me mostrou um novo modo de ver o mundo, ele é um estilo de vida, e eu decidi que na minha vida não posso abrir mão dessa rede, ser motociclista já é meu modo de ser. Quantas pessoas bacanas eu conheci através do motociclismo...

 Minha moto já me levou longe e me fez conhecer pessoas que estão em outro estado, ou que hoje estão viajando de moto mundo a fora, mas que não perdi o contato, devido o valor do laço.

     Conheci grupos, e ate fiz parte de alguns. Achei sensacional descobrir motogrupos formados pelo mesmo tipo de moto e ver que eu não era única a nutrir aquela paixão. O primeiro grupo que entrei foi o PCX Club Minas, depois participei do PCX Club Amigos, onde fui convidada para ajudar na Administração e tive o prazer de fazer parte por 1 ano e meio. Foram muitos passeios, happy-hours e bons momentos juntos, e se não fosse a moto nada disso seria possível!

          Hoje sigo o caminho da motociclista independente, e quero tudo aquilo que o motociclismo pode me oferecer. O mais incrível disso tudo é saber que por mais que o motociclismo tenha me proporcionado, é que sempre haverá mais pela frente!

  Viva o Motociclismo!”

Essens A Latife

                                                   Crédito Foto: Barba na Estrada 

                                    Local: Algum lugar pela estrada para ES.