A grande viagem

Curitiba aí vou eu!

Esse post é para contar sobre "A Viagem",  BH x Curitiba, mais de 2 mil kms de distância de ida e volta sozinha com uma Honda PCX. Uma viagem que não só me levou para longe, mas me conduziu mais para dentro de mim mesma. 

"Era finalmente dia 11 de abril de 2019, já estava tudo pronto, folgas concedidas no serviço, moto revisada, óleo trocado, mala arrumada, e somente no dia anterior a sensação de que estava acontecendo veio a se tornar real. Um misto de ansiedade, daquele em que você quer logo que aconteça. 

O despertador tocou e acordei num pulo, fiz o que tinha planejado, ou quase tudo, atrasei poucos minutos, vi o sol nascer, e a gratidão já invadia meu coração, quando rodava na BR ainda em Belo Horizonte me dei conta que esqueci uma coisa muito importante! Não era dinheiro, nem minha CNH ou documento da moto, não era jaqueta, o que não poderia faltar?

Minha joelheira, como em uma viagem longa dessa eu iria sem um equipamento de segurança desses? 

Pois eu voltei, mesmo já estando atrasada, afinal não se tratava de horários, mas de segurança!

Assim com todos meus equipamentos de segurança, jaqueta com proteções da Alpinestar, blusa térmica, joelheira Protork, bota,  luva, e capacete Vector Evo da LS2, engatei estrada a dentro.

"A viagem perfeita não é livre de imprevistos, 

mas impregnada de consciência." 
                                                                                        A Latife

 Dividi a viagem em 2 dias, o primeiro fiquei em SP - Valinhos, com amigos super queridos, o Pedro e a Íris  que foram presentes do motociclismo, apresentados pelo grupo Rota das Montanhas de Santa Teresa - Espírito Santo. 
Foram 630km, já conhecia a estrada e a viagem foi bem tranquila. Realizava paradas periódicas, uma vez que a autonomia da Honda PCX não é muito grande e precisava parar a cada 150 km por precaução. Isso sem contar as paradas dos pedágios que não foram poucas! Sempre mantinha informada algumas pessoas a cada lugar que parava,  que são como "co-pilotas" na viagem.

Não era  a primeira viagem longa que fazia (600km o máximo q tinha rodado em um dia), mas a primeira sozinha, a minha maior até então tinha sido para Capitólio - MG, cerca 280 km de BH - MG. 

A estrada assemelhava-se a um mar de inspiração, diante a tantas belezas e paisagens deslumbrantes, as ondas daquele mar eram as curvas, um vai e vem que fica guardado na memória do seu corpo e mesmo parado você sente o movimento... A contemplação da natureza e a gratidão pela vida eram imensuráveis, e rodando eu sentia em cada poro do meu corpo que eu nasci para ser livre.

Para registrar tantas reflexões e detalhes soprados aos ouvidos tinha vontade de parar e pegar meu caderninho para escrever, pensei numa tecnologia que solucionaria essa questão, um gravador dentro do capacete para não perder nenhuma inspiração, será que existe? 
Para tirar foto na estrada, como foi difícil! Primeira coisa a ser superada era o medo de parar  sozinha na estrada no acostamento, segundo era a sensação que o vento do caminhão  que passava ao lado poderia levar junto a moto, rsrs! Mas eu fui lá, superei os medos e registrei aquele cenário.

                                  

No segundo dia,  eu já não conhecia o caminho, e o GPS offline não foi muito preciso, preferi perguntar nos postos onde abastecia e nas paradas nos pedágios, resultado, peguei o caminho mais longo! Sem problemas pra quem quer curtir a estrada.

Vamos falar de outra coisa que não combina na estrada... Sono!

Apesar da estrada e as paisagens serem lindas, chega uma hora que cansa, se torna monótono, eu sentia uma preguiça indescritível, só queria fechar os olhos por alguns segundos, mas sem chance disso acontecer, tive que me virar nos trinta, além do cafézinho, mascar chiclete, comecei cantar, a falar sozinha, e quando nada disso adiantou, eu olhava pra letras da placa do veículo mais próximo e começava a formar palavras! Isso é a criatividade sendo usada por necessidade.rs

Qual a tática que você usa para espantar o sono na estrada? 

Quando viajamos paramos para dar aquela esticada e fazer um coffe break, mas se você somar os gastos de cada paradinha de lanche, não fica barato heim!  E em uma viagem longa, quase sempre, cada parada significa um café. Foi aí que descobri um lugar ótimo pra isso sem pagar! Sabe essas paradas SOS usuário que tem na estrada? Descobri café, e água de graça,  e pessoas receptivas, fica a dica! ;)

Quando cheguei em Curitiba, tive uma sensação que percorria todo meu corpo, como se fosse uma espécie de anestesia, não era a primeira vez que estava tomada por uma sensação que denomino como estar embriagada de alegria. Não era necessário nenhuma gota de álcool para alcançar aquela sensação, era só me deixar invadir pela energia de alegria que emanava...

Essa viagem aconteceu por uma fada madrinha, a Evelyn Milani, pessoa inspiradora! Além de me receber tão bem,  ela me apresentou a um dos cursos mais incríveis que já fiz: Curso de Hipnose Clínica, ministrado pelo David Bitterman e Ronado Franco, pelo Instituto Brasileiro de Hipnose e Terapias - IBHT. 

Foi um final de semana que fiquei  imersa em novos conhecimento e aprendizados.  Ainda deu tempo de conhecer um pouco das belezas dessa cidade tão bonita.  Conheci pessoas, lugares, e deu até pra  sair com os novos amigos!

A viagem foi um sonho realizado, e me fez relembrar que a magia de contos de fadas não se tratam de príncipes e princesas, mas da realização de um sonho!

Gratidão a todos que acreditaram que era capaz!

P.S: A graça de quebrar paradigmas é ir lá e provar o contrário.

A pessoa dizer: "Você não pode", você não fala nada, e aí mostra que você só não pode fazer, como foi lá e fez! 

Acredite em você! 

Siga sempre em frente, e se for pra ir atrás, que seja apenas dos seus sonhos!"

Leia esse relato ainda mais detalhado em:

 https://viagemdemoto.com/sul-do-brasil/4179-viagem-de-bh-a-curitiba-com-uma-pcx